Colaboração por: Gisella Hiche Conheci Araretama quando fui morar em Ubatuba. Ali, tão impregnada daquela mata, soube que havia uma mulher, Sandra Epstein, que desenvolveu uma linha inteira de florais da Mata Atlântica.
Como terapeuta, mais especificamente massoterapeuta, eu já estava interessada em me aprofundar nos estudos sobre as essências vibracionais e a oportunidade de conhecer e estudar com a própria idealizadora de um sistema de florais me pareceu mais do que boa ideia.
Ao começar a assistir os vídeos do curso Araretama, fiquei bastante animada com os conceitos com os quais Sandra estrutura sua medicina, partindo da própria lógica de funcionamento da Mata Atlântica, em que uma diversidade enorme de espécies co-habitam um mesmo espaço. A convivência e cooperação entre diferenças, esta capacidade de 'batalhar' junto pela vida, é um fio conceitual ao qual eu me sinto bastante em sintonia. E para além disso, entendi que Sandra tem bastante depurado o dom de conversar com as plantas e transpor em florais a generosidade desses seres em sua missão de auxiliar os humanos. Mas claro que não adiantaria apenas esta empatia pelo desenho mais teórico de Araretama. Eu logo percebi que escutar os ensinamentos da Sandra só faria sentido se eu começasse a usar os florais, que o entendimento não poderia ser apenas mental. E então escolhi fazer o processo da Mandala Araretama com o objetivo de sentir o que isso moveria em minha vida e também com o horizonte de poder trabalhar com eles em minha prática clínica.
Neste momento estou no meio da mandala e já foram tantas coisas que aconteceram. Considerei bastante marcante que, logo de saída, com a primeira essência Bromélia I, que trabalha abertura e dissolução de padrões arraigados, aconteceu uma grande ação na minha família que inaugurou um processo de mudança de padrão. Foi uma chave de percepção: o trabalho acontece não apenas no seu corpo/vida individual, mas nos sistemas nos quais você opera, naqueles que tem mais relevância em sua vida, ou quem sabe, naqueles que precisam ser mais trabalhados. Em geral, estar passando por este processo me colocou rapidamente em um estado de maior atenção aos fatos do cotidiano, em um estado de maior discernimento, responsabilidade e vitalidade.
Achei bem diferente a proposta de fazer a 'jornada' pelas essência, via a mandala, do que tomar as essências de forma 'avulsa', a partir de supostas necessidades prévias que temos. Contar com a mandala como um terreno, ao mesmo tempo que sabemos que cada pessoa terá um percurso singular, é instigante porque trata-se mesmo de uma proposta, de uma experiência sutil, intensa e expansiva, um aprendizado sobre este caráter 'vibratório/afetivo' de nossas existências. Estou muito animada para integrar o sistema Araretama a minha prática clínica no Ateliezin. Já venho usando há mais tempo os florais de Bach, e vejo que a massagem, o trabalho corporal move, dá espaço, abre, indica e transforma e os florais podem expandir o trabalho, cuidar de aspectos que precisam uma atuação mais fina e persistente. Agradeço à Sandra por sua generosidade e conhecimento.
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